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  05:59

“Estava bêbado”, diz corintiano que comprou cabeça de porco arremessada em estádio

 

O torcedor corintiano identificado pela Polícia Civil como responsável por comprar a cabeça de porco atirada no gramado da NeoQuímica Arena prestou depoimento nesta quarta-feira (6).

Osni Fernando Luiz confirmou aos investigadores da Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade) que comprou a cabeça e a levou ela para o estádio na noite de segunda-feira (4), antes da partida Corinthians e Palmeiras, mas disse, ainda ao chegar à delegacia, não saber quem jogou no campo.

“Eu estava bêbado e arremessei [a cabeça] lá por um canto do estádio, no setor Sul. Achei que alguém ia achar e jogar fora. Ou que ia tirar foto. Eu não sei [quem jogou no gramado]”, afirmou (veja vídeo acima).

“Comprei a cabeça de porco no mercadão da Lapa, paguei por ela. Nós pensamos: vamos para a frente da arena, no estacionamento, nós pegamos a cabeça e tiramos algumas fotos”, explicou.

Questionado sobre a polêmica provocação contra os palmeirenses, Osni Fernando Luiz se defendeu e afirmou que fez apenas uma "provocação sadia" contra os palmeirenses.

“A provocação é sadia, não peguei barra de ferro para agredir ninguém, não dei soco em ninguém. O futebol tem que parar com isso. O futebol raiz tem que viver. Nos anos 1990, todo mundo ia para o jogo junto, brincava com o outro. Hoje chegou em uma proporção que estão acabando com o futebol”, afirmou.

Em nota, a Secretaria da Segurança afirmou que "o homem foi liberado com base na Lei Geral do Esporte. As diligências seguem para a identificação e responsabilização de outros envolvidos e total esclarecimento dos fatos."

Banimento dos estádios e perdão

Osni Fernando Luiz assinou um termo circunstanciado por provocar tumulto e foi liberado. A polícia enviou ao Ministério Público e à Federação Paulista de Futebol uma manifestação para proibir a presença de Osnir nos estádios paulistas por três anos, no mínimo.

Por causa da provocação, o Corinthians pode ser enquadrado no artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que trata sobre prevenir ou reprimir lançamentos de objetos no campo ou local da partida.

Caso não identifique o autor do arremesso pra dentro do gramado, o clube da Zona Leste corre o risco de ser punido até mesmo com perda de mando de campo.

O torcedor Osni Fernando pediu perdão ao clube e às autoridades pelo episódio.

“Quero pedir perdão ao meu clube. Amo demais essa entidade. Em momento algum em quis prejudicar essa entidade. Quero pedir perdão para as autoridades pela dor de cabeça que estou fazendo eles passarem. Momento algum eu quis dar essa dor de cabeça. Em momento algum pensei isso ia tomar a proporção que tomou”, afirmou.

PARTIDA

A cabeça de porco foi arremessada no gramado durante o primeiro tempo, quando Raphael Veiga se preparava para cobrar escanteio.

Para o jogo prosseguir, Yuri Alberto precisou retirá-la com um chute, e foi possível observar a cabeça de porco após o chute.
“Eu quase quebrei o pé. Pensei que era uma almofada, alguma coisa assim, mas era uma cabeça de porco, quase machuquei o pé”, disse o atacante Yuri Alberto ao G.E após o jogo.
O árbitro Wilton Pereira Sampaio relatou o incidente na súmula após o clássico e, assim, o Corinthians pode ir à julgamento no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) pelo incidente.
A polícia apreendeu a cabeça de porco após a partida.
 

Fonte: G1

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