O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa concluiu o inquérito sobre as mortes de João Francisco de Sousa, 68 anos, Maria dos Santos Sousa, de 77 anos, e Ana Sofia, de apenas 7 anos. Clenilson Sousa, que está preso desde o dia 9 de janeiro, foi indiciado pelo triplo assassinato que ocorreu na zona Rural de Teresina, no início deste mês. 

"Ele foi indiciado por homicídio qualificado, feminicídio com aumento de pena, em relação à avó e neta, além de estupro. Fizemos um conjunto harmônico e robusto, materialmente, e também formalmente legítimo. Investigamos para prender, não prendemos para investigar, disse Baretta, coordenador do DHPP.

Os crimes foram praticados com crueldade. O caso foi presidido pelo delegado Divanilson Sena e segue em segredo de Justiça. Para o delegado, no inquérito policial ficou bem clara a conduta do investigado. Ele diz que o crime nasceu dentro da casa da família assassinada. Clenilton já havia mantido um relacionamento com a mãe da criança e alegou que matou a família após descobrir um caso extraconjugal. 

"Ele nutria uma violenta raiva pela família que colocou ele pra fora, pois estava cometendo furtos na região. Foi colocado na família pela nora que conheceu em uma casa de reabilitação de viciados em drogas. Portanto, há toda uma história do inter criminis, mas também com a vitimologia. A gente vê como esse crime nasceu: dentro da própria casa da família. Ele se aproveitou da vulnerabilidade, do repouso noturno, usa uma lanterna e vai ao quarto da menina com o intuito de estuprar a criança, mata a menina, depois o avô chega e é morto, quase degolado, e, por último, a idosa. Espero que ele passe muitos anos na cadeia. A Polícia Civil deu a resposta! vamos aguardar o Poder Judiciário e o Ministério Público que estão com a vez e acredito que farão muito bem, pois o caderno investigatório está bem instruído, com todos os elementos necessários para se formatar uma denúncia e levar esse indivíduo a pronúncia e ao Tribunal Popular do Júri", frisa Baretta.

Dias antes do triplo assassinato, ele havia já havia sido denunciado por uma tentativa de estupro na própria comunidade.

"Não sou psicólogo, mas nos meus estudos vejo que ele tem perfil de um psicopata, um maníaco sexual. Você observa a fúria dele. Além de matar, ele estupra a criança, golpeou com pedaço de madeira e faca as vítimas. Não tem sensibilidade pela vida humana. Deve passar muitos anos presos, confio na Justiça do Piauí, por isso, ainda sou delegado de polícia", destaca Baretta.