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  13:14

Mãe de santo é presa por torturar adolescentes com pauladas, cortes e queimaduras

Uma mãe de santo identificada como Hayra Vitória Pereira Nunes, 22 anos, foi presa Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) por submeter adolescentes e mulheres a sessões de tortura. A mulher usava a religião como um disfarce para conquistar a confiança de pessoas em situação de vulnerabilidade, oferecendo promessas de emprego e acolhimento dentro de seu terreiro, no Gama. 

Ao saber que estava sendo investigada, a agressora se mudou às pressas do Gama e se abrigou em Brasilinha (GO), onde foi presa na última quinta-feira (6/3). 

Ouvidos pela polícia, Hayra, seu marido, Lucas Gomes, e um caseiro da tenda, identificado como Alex, deram versões contraditórias.

A mãe de santo negou qualquer envolvimento nas agressões e disse não saber da origem das queimaduras. Lucas afirmou desconhecer qualquer tipo de violência dentro da tenda. Já Alex alegou não ter autoridade sobre Hayra, mas admitiu que sabia que vítima havia sido queimada.

“Um fato que chamou a nossa atenção durante a prisão é que, no momento em que chegamos na nova casa, ela já estava com outro adolescente de 15 anos, que a chamava de mãe. Dá um indicativo de que ela continuaria fazendo novas vítimas”, explicou o delegado William Ricardo.

As investigações apontam que a mulher cometia atos de extrema violência física e psicológica, bem como de exploração sexual. Uma adolescente ouvida pela reportagem do Metrópoles reatou que sofreu castigos físicos ordenados por Hayra, incluindo graves queimaduras nas mãos e na língua como forma de punição.

Hayra Vitória Pereira Nunes - Foto: Reproduções 

“Ela pegou uma concha com brasa e queimou a palma das minhas mãos, depois queimou o topo da minha cabeça. Foi totalmente horrível. Também queimou a minha língua e colocou pimenta em cada lugar machucado. Por fim, pegou uma cachaça e jogou na minha cabeça, o álcool foi escorrendo pelo rosto, pelo meu corpo. Naquele momento eu pensei que ela ia colocar fogo em mim. Depois, ela quebrou a garrafa, perfurou minhas mãos e cortou os meus braços”, disse a adolescente.

A polícia também identificou evidências de que a mãe de santo explorava sexualmente as duas, coagindo-as a realizar programas sexuais e retendo os valores obtidos. Os policiais relataram que no terreiro havia uma edificação com uma luz vermelha sobre a porta, que supostamente era utilizada para a exploração sexual das vítimas. A prática também foi comprovada por extratos financeiros.

A investigação aponta para a existência de uma associação criminosa, com indícios de que a mulher agia em conjunto com outras pessoas para a prática dos crimes.

Por: Fonte: Metrópoles

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