
A Polícia Civil do Piauí (PCPI) concluiu o inquérito policial que investigava o assassinato de Jairane Moura da Silva e os filhos dela, Vinícius Emanuel e João Gabriel, em Paquetá, a 307 km de Teresina, e indiciou Jeneilton Araújo pelos crimes de feminicídio e duplo homicídio. O crime ocorreu no dia 2 de março.
"O inquérito foi concluído e enviado ao Judiciário. Inicialmente ele foi indiciado pelo crime de feminicídio, e dentro desse crime também foi imputado ao indiciado outras duas circunstâncias que causam o aumento da pena, que seria o fato da vítima estar gestante, bem como o meio do crime, cruel e sem possibilidade de defesa da vítima", explicou o delegado José Neto, da 3ª Delegacia Regional de Picos.
Ainda segundo o delegado, apesar de Jeneilton negar ter assassinado Vinícius Emanuel e João Gabriel, as investigações não apontam a participação de outras pessoas no crime. Por isso, ele também foi indiciado por dois crimes de homicídio qualificado.
"Considerando ainda que as vítimas eram menores de 14 anos e também as qualificadoras de meio cruel e impossibilidade de defesa das vítimas. Além disso, foi imputado ao indiciado uma causa de aumento, considerando a relação do suspeito com as vítimas, já que era padrasto, concluiu o delegado José Neto.
Jeneilton foi preso no dia 7 de março, cinco dias após o crime. Segundo a PMPI, Jeneilton Araújo foi localizado em uma fazenda na localidade Lagoa do Barro, zona rural do município de Paquetá, onde havia parado para pedir água.
Entenda o caso
Jairane Moura tinha 32 anos e foi assassinada com golpes de faca no pescoço. Ela estava com aproximadamente 4 meses de gestação, segundo a Polícia Civil, e foi encontrada morta em uma rede de sua casa.
Os dois filhos dela, Vinícius Emanuel e João Gabriel, foram achados mortos, também com facadas no pescoço, em uma das camas da residência.
A Polícia Militar foi acionada por vizinhos às 7h20. Testemunhas relataram à PM que o suspeito não era pai de João Gabriel e Vinicius, mas do bebê que Jairane gestava.
De acordo com o delegado José Neto, da 3ª Delegacia Regional de Picos, a vítima e o suspeito estavam separados na data do crime e o relacionamento deles era bastante conturbado.
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