Um delegado da Polícia Civil morreu após ser baleado por policiais militares, durante ação policial realizada na madrugada deste domingo (28), na cidade de Itabuna, sul da Bahia.
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP), os PMs, que integram o 15° Batalhão de Polícia Militar (BPM), estariam apurando uma denúncia de roubo, na Avenida Mário Padre, quando ocorreu o caso.
O órgão não detalhou quantos policiais militares participavam da ação e nem como ocorreu o disparo contra a vítima. Em nota, o Sindicato dos Policiais Civis da Bahia (Sindpoc) informou, entretanto, que o delegado José Carlos Mastique de Castro Filho teria sido baleado no peito ao tentar entregar a arma dele para os PMs, durante a abordagem.
Segundo o Sindicato, a vítima estava com uma namorada, em um posto de combustíveis da cidade, quando ocorreu a ação.
A SSP informou que o delegado chegou a ser socorrido, mas não resistiu. O corpo dele foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de Itabuna. Não há detalhes sobre o sepultamento.
O caso está sob investigação da 6ª Coordenadoria de Polícia Civil do Interior (Coorpin). Em nota, a SSP-BA informou que Corregedoria Geral da SSP acompanha o caso. O órgão não detalhou se os PMs envolvidos na ação foram afastados.
Ainda em nota, o Sindicato dos Policiais Civis da Bahia (Sindpoc) repudiou a ação dos policiais militares e informou que também acompanha o caso.
Também em nota, o Sindicatos dos Delegados do Estado da Bahia (Adpeb) prestou condolências à família e amigos do delegado José Carlos Mastique.
A Adpeb destacou que "a verdade dos fatos somente poderá ser levantada através de uma acurada investigação, a qual já está sendo feita pelos delegados, investigadores e escrivães da 6ª Coorpin".
"Por sua vez, exigimos da Polícia Civil da Bahia o mais absoluto empenho, responsabilidade e dedicação nesta apuração, porquanto, todas as circunstâncias deverão ser reveladas e suas evidências consubstanciadas para que o crime e eventuais excessos praticados possam ser comprovados e seu autor incurso nas penalidades legais", diz a nota da Adpeb.
Fábio Wellington
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