Facebook
  RSS
  Whatsapp

  19:52

Menino mantido em cárcere privado pelo pai por 17 h é internado em hospital de Curitiba

 Fonte: G1 / Foto: Reprodução

Um menino, de três anos, mantido em cárcere privado por 17 horas pelo pai na casa da família, no bairro Santa Cândida, em Curitiba, foi internado no Hospital Pequeno Príncipe, também na capital parananense, na tarde deste domingo (28). O pai está preso.

A família informou à reportagem que o garoto passou mal e que há uma suspeita de envenenamento. A assessoria de imprensa do hospital afirmou que ele está na unidade e que passará por uma bateria de exames - sem previsão de alta.

Sobre a suspeita levantada pela família, a assessoria do hospital disse que só poderá se pronunciar após os exames.

O garoto foi levado primeiro para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Boa Vista, de acordo com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Curitiba. Ele foi atendido às 13h e encaminhado para o Pequeno Príncipe.

Na casa da família, de onde o garoto foi retirado após o pai se entregar à polícia, às 4h deste domingo, a Polícia Civil disse que foram encontrados e apreendidos um produto diluído em água, seringas e um galão de gasolina. Os itens foram encaminhados para perícia.

O menino não tinha ferimentos quando deixou a casa, segundo a polícia.

Cárcere privado
Segundo a polícia, o cárcere começou depois de uma briga de casal, por volta das 11h, de sábado (27). Quando parentes foram buscar a criança, o homem se exaltou e se trancou com a criança na casa. A mulher, um primo dela, o sogro e outra filha do casal, de 7 anos, conseguiram sair.

A negociação foi realizada por policiais do Comando de Operações Especiais (COE) e do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope).

O tenente Daniel Silva conta que, em determinados momentos, as negociações ficaram tensas.

"Inicialmente, nós tivemos momentos que ele pegou o menino e apontou uma faca no pescoço e nas costas da criança. Em outro momento, ele apresentou um galão com líquido combustível e informou que despejaria sobre o corpo dele e da criança. Depois disse que tinha jogado", contou o tenente.

pós se entregar à polícia, o homem foi encaminhado ao Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria) e a criança entregue a familiares.

O homem deve responder pelo crime de cárcere privado qualificado e ameaça, com a pena podendo chegar a 5 anos e seis meses, ainda segundo a polícia. Ele ficou em silêncio na delegacia.

A mulher dele, segundo a polícia, contou que ele chegou em casa "meio estranho e agressivo" e que ela estava arrumando pertences dela e das crianças para sair de casa e se separar.

A polícia também informou que não foi arbitrada fiança.

Fábio Wellington

Mais de Brasil