Cabaré da Zabelona: uns chamavam de prostitutas, quengas ou vadias; parte 02
Adentrar no quarto é encarar o vazio dessa vida solitária e sentir a nostalgia do silêncio. Abafados murmúrios, olhos de ressaca, vestido de chita. Por trás da mulher da vida, há uma vida ferida. Rosto afogueado pelo prazer, a bebida ou o excesso de batom vermelho, uma grande flor no cabelo.
Meretrizes que esconde o seu silêncio em cada esquina. Roupas justas, quase nuas, sexo, prazer, madrugada sem lua, bêbados babando, mulheres transando por dinheiro, no mundo cão de sífilis, gonorréia, cranco mole, crista de galo prazer momentâneo. E, enquanto, uns chamavam de prostitutas, quengas ou vadias "eu vos digo" que para muitas foram a única alegria. Se chamaram de raparigas, piranhas ou libertinas "eu vos chamo" apenas de pobres meninas.
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Por Raimundo Horacio de Lima Neto
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