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  04:42

Salve o 7 de Setembro. Salve! Salve! No Blog da Ana

 Imagem ilustrativa

Entre idas e vindas, entre aplausos e críticas aqui estamos nós brasileiros nos aproximando das comemorações do 7 de setembro! 

Quando eu era criança (o que aliás faz bem pouco tempo) eu sonhava com o desfile - queria fazer parte da seleta fileira das crianças que iam levando as bandeiras - o que nunca acontecia porque sempre escolhiam as garotas mais bonitas e vistosas para esta função, o que não era o meu caso, (diga-se de passagem e em off). 

Eu ficava só na vontade! Ia para a plateia com a missão de bater palmas. De qualquer forma era uma missão prazerosa, e meu coração batia igual aos bombos da bateria diante de cada escola que se apresentava. Inesquecíveis manhãs alegres e coloridas de sete de setembro... eu não sentia sede e nem fome naquelas longas e lindas manhãs. Hoje fecho os olhos e sou capaz de rever na memória da Alma cada um daqueles saudosos momentos... 
Depois cresci (não muito, claro) e desisti de ser a porta bandeira da ala de frente. Me conformei em ser uma mera figurante na última fila da última ala. Já valia a pena. Meu coração vibrava do mesmo jeito... eu queria era comemorar o dia da Pátria! 

Saudosas manhãs de 7 de setembro! 

A gente passava um mês ensaiando. Os alunos iam pelas ruas da cidade no entorno da escola ao som da banda e dos gritos do professor:“marcha direito” “olhem pra frente” “perna direita mais forte!” “Olha o alinhamento “ ... E ninguém queria parar... na hora da aula era um comentário só. A gente sentia orgulho ao ensaiar. Nestes momentos a gente Experimentava por antecipação o doce sabor do desfile oficial! E no dia D lá estávamos nós, todo mundo de farda engomada. (passada a ferro de brasa, com água e goma, por isso o nome engomada), sapato brilhando mais que catarro em parede, de tão engraxado que estava! E a meia? Essa era bem alvinha, novinha em folha com cheiro de loja. O suor descendo no rosto por  causa do sol quente e eu de cabeça erguida “em forma” perfilada, para que as pessoas vissem que era eu mesma que estava ali. 

Para mim o 7 de setembro era tudo isso! 

Sempre fui uma patriota crônica, “doença” que me acompanha até hoje e que considero incurável. Sou feliz por ser do sertão, do interior do interior. Tenho orgulho porque sou do mato, sou nata e nativa das terras nordestinas. Sou filha, neta e bisneta de sertanejos, sou brasileira! 

E, independentemente do que digam, eu sou independente e acredito que temos que lutar por isso todos os dias, independentemente de ser 7 de setembro ou não. 

Independente de estar em 1822 ou em 2019 não podemos deixar morrer este sentimento de patriotismo que há em nós. Precisamos fazer brotar e alimentar o sentimento de nacionalidade, o orgulho de “brasilidade” na alma de cada criança! 

Vamos alimentar esta emoção que sentimos ao ouvir o hino nacional, ao ver as cores da bandeira brasileira - a mais bonita que há no mundo. 
Vamos acordar o gigante adormecido que há em cada um de nós! Vamos salvar a nossa Pátria amada idolatrada! Salve o 7 de setembro! Salve! Salve! 

(Por Ana Maria Cunha)