Rússia e Ucrânia entram em guerra e explosões são ouvidas em várias cidades
Centros de comando militares da Ucrânia na capital, Kiev, e em Kharkiv são alvo de ataque de mísseis
A Rússia, com autorização de seu presidente, Vladimir Putin, iniciou, na madrugada desta quinta-feira (24) uma ampla operação militar para invadir a Ucrânia. Há imagens de explosões e movimentações de tanques em diferentes cidades ucranianas. Putin disse às forças ucranianas que deponham as armas e voltem para casa. As informações são do g1 e O Globo.
Vladimir Putin autorizou operação especial no leste da Ucrânia Foto: AFP
“Quem tentar interferir, ou ainda mais, criar ameaças para o nosso país e nosso povo, deve saber que a resposta da Rússia será imediata e levará a consequências como nunca antes experimentado na história”, ameaçou.
O Ocidente condenou imediatamente a decisão. A ONU pediu que Putin recue e Biden disse que a Rússia escolheu uma guerra de perdas catastróficas.
Policiais inspecionam os restos de um míssil numa rua em Kiev (Foto: Reuters/Valentyn Ogirenko)
É esperado que os países ocidentais anunciem, nas próximas horas, novas sanções para sufocar a economia russa. Um confronto direto com a Rússia é uma hipótese muito remota.
Veja a repercussão da invasão russa à Ucrânia
Joe Biden, presidente dos EUA
O presidente americano condenou, em comunicado oficial da Casa Branca, a decisão de Putin de invadir a Ucrânia. Biden afirmou que "Putin escolheu uma guerra que trará perdas de vidas e sofrimento. O presidente norte-americano disse também que EUA e seus aliados responderão de forma unida e decisiva. "O mundo responsabilizará a Rússia", disse.
Moradores de Kiev se abrigam em estação de metrô após o início da invasão à Ucrânia pelas forças russas (Foto: Reuters/Valentyn Ogirenko)
António Guterres, secretário-geral da ONU
"Por favor, senhor Putin, leve seus militares de volta. Não permita uma guerra na Europa. Esse conflito deve parar agora. Essa guerra não faz sentido e causará um nível extremo de sofrimento. Essas atitudes terão consequências", afirmou o secretário-geral da ONU.
Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia
"Condenamos veementemente o ataque injustificado da Rússia à Ucrânia. Nestas horas sombrias, nossos pensamentos estão com a Ucrânia e as mulheres, homens e crianças inocentes enquanto enfrentam esse ataque não provocado e temem por suas vidas. Vamos responsabilizar o Kremlin", escreveu em rede social.
Boris Johnson, premiê do Reino Unido
"Estou consternado com os terríveis acontecimentos na Ucrânia e falei com o Presidente Zelensky para discutir os próximos passos. O presidente Putin escolheu um caminho de derramamento de sangue e destruição ao lançar este ataque não provocado à Ucrânia. O Reino Unido e nossos aliados responderão de forma decisiva", escreveu o líder britânico.
Presidente da Ucrânia impõe lei marcial em meio à 'invasão em grande escala' da Rússia
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, decretou lei marcial no país após o presidente russo, Vladimir Putin, ordenar uma operação militar, ofensiva que o ministro de Relações Exteriores ucraniano, Dmytro Kuleba, descreveu como uma "invasão em grande escala" da Rússia. Durante uma inesperada mensagem pela TV, Putin afirmou que não quer a "ocupação" do país, mas sua "desmilitarização".
"Putin lançou uma invasão em grande escala da Ucrânia. Cidades ucranianas pacíficas estão sob ataque", disse Kuleba no Twitter.
Logo depois do anúncio, forças russas dispararam mísseis contra várias cidades ucranianas, e tropas russas desembarcaram na costa Sul do país, incluindo as cidades portuárias de Odessa e Mariupol. Segundo a Interfax ucraniana, funcionários e passageiros estão sendo retirados do aeroporto de Boryspil, na capital Kiev.
Os centros de comando militares em Kiev e em Kharkiv foram alvo de ataque de mísseis, informou o site de notícias Ukrainska Pravda citando uma fonte do Ministério do Interior ucraniano.
" Isso é uma guerra de agressão. A Ucrânia vai se defender e vencer. O mundo pode e deve parar Putin. O momento para agir é agora", disse.
O ataque começou enquanto o Conselho de Segurança da ONU se reunia pela segunda vez nesta semana, com apelos dos países-membros para que Moscou não lançasse a ação.
Reprodução - Rússia ataca a Ucrânia e explosões são ouvidas em várias cidades
Milhares de pessoas tentam deixar Kiev, e capital da Ucrânia
Milhares de moradores de Kiev começaram a deixar a capital da Ucrânia nas primeiras horas desta quinta-feira (24), após a Rússia iniciar a invasão a várias partes do país. A cidade começa a viver um caos.
O trânsito está congestionado na cidade, especialmente nos corredores de acesso às saídas da capital.
Há filas nos postos de combustíveis e vários deles já não têm mais gasolina para vender. Muitos moradores também estão percorrendo os supermercados, atrás de mantimentos. Há milhares de pessoas lotando estações de ônibus e trens do metrô, a maioria com muita bagagem nas mãos.
Engarrafamentos na cidade de Kiev, capital da Ucrânia — Foto: Emílio Morenatti / AP Photo
Bianca Viana
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