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  03:09

Dados do IBGE mostram que em 2023 Piauí registrou redução de 4 mil toneladas na produção de pó de carnaúba

Perda na participação nacional

 

O Piauí registrou, de 2007 a 2023, uma redução de aproximadamente 4 mil toneladas na produção do pó de carnaúba. O valor representa uma queda de 35% no total da produção no período e com isso o estado também perdeu participação na produção nacional. Os dados são da pesquisa da Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura 2023, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, divulgados nesta quinta-feira (26).

Em 2007, a extração do pó de carnaúba no Piauí apresentou seu recorde de produção na série histórica, com 13.359 toneladas. 17 anos depois, em 2023, a produção de pó de carnaúba caiu para 8.684 toneladas. 

Apesar de o Piauí apresentar a maior produção de pó de carnaúba do Brasil, entre os dez municípios com maior produção no país os quatro primeiros são todos do Ceará: Granja, com 1.045 toneladas; Camocim, com 897 toneladas; Coreaú, com 490 toneladas; e Santana do Acaraú, com 470 toneladas. No Piauí, os municípios com as maiores produções de pó de carnaúba são Nossa Senhora de Nazaré, com 365 toneladas; e Campo Maior, com 364 toneladas.

Segundo Pedro Andrade, Chefe da Seção de Pesquisas Agropecuárias do IBGE no Piauí, a redução sistemática na produção do pó de carnaúba, constatada já há alguns anos no Piauí, tem sido motivada pelo alto custo para extração, especialmente de mão de obra, bem como em razão da queda na demanda pelas indústrias, além do baixo preço ofertado pelos atacadistas e pelas indústrias. 

“Outro fator que tem impactado a atividade de extração do pó de carnaúba é a dificuldade enfrentada pelos empregadores no sentido de oferecer as condições adequadas de trabalho às pessoas na atividade, conforme requer a legislação trabalhista, gerando algumas situações de conflitos com os órgãos fiscalizadores.”, diz.

Em 2023, a produção piauiense apresentou uma queda de 1.564 toneladas (-15,3%) em relação ao ano de 2022, quando havia chegado a 10.252 toneladas. Por sua vez, o valor da produção também apresentou uma queda, tendo passado de R$ 148,1 milhões em 2022 para R$ 119,1 milhões em 2023, uma redução de R$ 29 milhões (-19,5%). 

A queda no valor da produção deveu-se a dois fatores: a diminuição na quantidade produzida e a redução do valor pago pela tonelada do produto, que em 2022 era de R$ 14.450,74 e passou a R$ 13.717,87 em 2023. 

Fonte: A10+

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