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  20:09

Suspeito de matar advogada no PI responde por tentativa de homicídio contra o ex-marido da vítima

Adelaido Gomes Celestino, de 49 anos, suspeito de matar a própria irmã, a advogada Valdenice Celestino, de 53 anos,na zona rural de Paulistana, 474 km ao Sul de Teresina, já responde na Justiça pelo crime de tentativa de homicídio contra o ex-companheiro da vítima.

A delegada Thainah Teixeira, titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher e aos Grupos Vulneráveis de Paulistana, responsável pelo caso, informou em reportagem ao G1 que as brigas entre os 14 irmãos e familiares já acontece há cerca de quatro anos.

"A família é toda dividida por conta de brigas pela herança. Isso acontece há cerca de quatro anos, quando a matriarca adoeceu e precisou da ajuda dos filhos. De lá pra cá foram várias brigas, inclusive, intermediadas pela polícia", explicou a delegada.

Por conta dessa situação, a vítima tinha uma medida protetiva contra o irmão Adelaido. "Além da advogada, outras duas irmãs também têm medida protetiva contra o suspeito que está foragido", afirmou a delegada.

A advogada Valdenice foi assassinada na segunda (3), após uma discussão com o suspeito. A vítima já havia registrado alguns boletins de ocorrência contra o irmão. Na terça (4), a Justiça do Piauí decretou a prisão preventiva do homem, que segue foragido.

A tentativa de homicídio contra o ex-marido da advogada

Em maio de 2021, o então marido de Valdenice, agora ex-marido, estava indo à casa de um amigo quando foi golpeado na parte de trás da cabeça com um pedaço de madeira por, segundo o inquérito policial, Narciso Celestino, irmão da sua então esposa.

Narciso, conforme a investigação, disse que iria matar o cunhado e tentou golpeá-lo novamente na cabeça. A vítima se defendeu com o braço direito, mas foi atingida no peito e derrubada no chão, onde recebeu mais golpes.

O inquérito aponta que Adelaido também participou da agressão, desferindo chutes e socos, e arrastando a vítima para a rua, ameaçando matá-la. A agressão só não se agravou devido à intervenção de moradores, que socorreram a vítima e a levaram ao hospital.

Devido à gravidade dos ferimentos, o homem foi transferido para hospitais em Picos e, posteriormente, para Teresina. O exame de corpo de delito constatou trauma grave na face posterior do crânio com laceração e traumas nas costas, causados por socos, chutes e um objeto contundente (porrete), resultando em incapacidade temporária.

A vítima relatou que a agressão foi motivada por uma ação judicial movida por Valdenice contra os irmãos, para impedir que eles retirassem dela os cuidados da mãe e a levassem para Goiás, onde residiam.

A disputa pela herança também já era motivo de desavenças. Valdenice declarou que, em março de 2019, os irmãos a haviam ameaçado de morte, dizendo que iriam a Paulistana para "arrancar sua cabeça", o que a levou a solicitar uma medida protetiva contra eles.

Irmã e sobrinho da advogada presenciaram o crime

Conforme a delegada Thainah Teixeira, uma irmã de Valdenice e do suspeito, e um sobrinho deles, presenciaram o crime. A vítima, segundo as testemunhas, estava filmando Adelaido se aproximar da propriedade da advogada já iniciando uma discussão.

Ainda segundo a delegada, Valdenice era a inventariante da herança deixada pela mãe aos 14 irmãos. Um terreno da família já havia sido dividido e Adelaido era vizinho dela. A cerca que fazia a divisão do terreno era motivo constate de brigas.

No dia do homicídio, na segunda-feira (3), a irmã e o sobrinho estavam ao pé da cerca durante uma nova discussão. Nesse momento, segundo o depoimento das testemunhas à polícia, a advogada filmava o irmão próximo a ela descumprindo a medida protetiva.

"A irmã contou que em determinado momento Adelaildo saiu e quando voltou estava com uma arma e atirou uma vez em Valdenice, que caiu. Ele olhou pra a outra irmã e falou 'corra se não vou matar vocês'. A advogada, ainda no chão falou 'não faça isso' e foi então, segundo as as testemunhas, que o suspeito descarregou a arma na vítima caída", disse a delegada.

A delegada também contou que provavelmente a vítima gravou a própria morte, ou segundos antes dela. O telefone da advogada foi levado pelo suspeito e ele segue foragido.

Fonte: G1

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