
O jovem identificado como Gustavo Henrique Alves Pereira, de 22 anos, vítima de uma tentativa de homicídio no último sábado (22/03) no município de Assunção do Piauí após ser jogado de um penhasco, contou detalhes sobre como sobreviveu. Em um vídeo filmado em um hospital em Teresina, Gustavo diz que precisou se fingir de morto após ser enforcado e receber seis pauladas.
O principal suspeito de ter cometido o crime é Antônio Gledson Alves Barbosa, que era amigo de Gustavo. A vítima narra que possuía uma forte amizade com o suspeito e que chegava a considerá-lo quase como um irmão. No vídeo ele diz que os dois não passavam por problemas na amizade e que não entende o que houve.
"Me encontro aqui nessa situação sem entender o que aconteceu de verdade. Era uma pessoa que era considerado quase um irmão para mim. Ele estava em um momento de boa comigo, a amizade que a gente tinha era muito forte, mais de sete anos de amizade. Não sei porque ele me chamou para ir para a Pedra da Ponte, que é um local turístico da minha cidade, e simplesmente me empurrou lá de cima, sem explicação", narra.
A partir daí as coisas ficaram ainda mais estranhas. Gustavo conta que, após ser aitrado do penhasco, ficou sem o movimento das pernas. Gledson desceu até seu encontro, alegando que teria o empurrado por acidente, porém logo em seguida, segundo a vítima, o suspeito teria mudado sua feição e tentado o assassinar através de asfixia e pauladas.
"No começo ele desceu para onde eu estava, já sem o movimento das pernas, falando que foi sem querer. Mas depois ele foi mostrando um olhar diferente. Falando que a vontade dele era tirar minha vida. Começou me sufocando com o cordão do short dele, que não deu certo porque 'torou' o cordão. Logo em seguida ele achou um pau que se não fosse no cordão ia ser na paulada mesmo e me deu seis pauladas. A toda paulada que ele dava, perguntava se ainda estava vivo", conta. A tentativa de asfixia deixou marcas no pescoço da vítima.
Gustavo continua dizendo que chegou a se entregar a Deus e que acreditava que iria morrer ali. Ele diz que após a sexta paulada ele parou de responder aos questionamentos de Gledson e se fingiu de morto. Após isso, o suspeito parou de golpear Gustavo e deixou o lugar.
Gustavo permaneceu na mata durante toda a noite e foi localizado apenas na manhã de domingo (23/03), por volta das 8h, por seus primos José Fernando Alves Cardoso e Francisco Rodrigues de Oliveira Júnior, que contaram com o apoio de populares para resgatá-lo. Com diversas lesões pelo corpo, ele foi encaminhado para o Hospital de Urgência de Teresina (HUT). Ele continua internado sem previsão de alta.
Celular da vítima pode ter sido motivação do crime
Segundo informações da Polícia Militar, o pai da vítima, Djaci Alves Pereira, foi quem informou inicialmente que Gledson era o principal suspeito e revelou que, nos dias anteriores ao crime, ele insistia para que Gustavo o acompanhasse até o local, pois acreditava que o jovem possuía informações comprometedoras em seu celular.
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