O Ministério Público do Estado do Piauí (MPPI), instaurou um inquérito civil para mensurar o existência de valor histórico e cultural municipal, estadual ou federal, das peças que se encontram abandonadas e sem catalogaçao na Fundação Cardoso Neto, ou mais conhecido Museu Zé Didor, localizado na cidade de Campo Maior.
O órgão solicita que o município cumpra proteger os documentos e outros bens de valor histórico e cultural conforme a os termos da Constituição Federal, que trata sobre a Lei Orgânica Municipal.
Segundo nota técnica do Instituto Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), o acervo no local como onde ele se localiza no edificio da Estação Ferroviária de Campo Maior não têm o seu valor reconhecido, em nível federal histórico ou cultural pelo mesmo órgão.
Importante destacar que a Universidade Estadual do Piauí (UESPI), Campus de Campo Maior, já manifestou interesse em receber, guardar e conservar os documentos que fazem parte do acervo.
Conforme o inquérito foi determinado:
- Uma solicitação ao IPHAN que realize, através da Coordenação Geral Identificação e Reconhecimento (CGID), a catalogação do acervo da Fundação, com vistas à identificação de bens com valor histórico e cultural nacional;
- Uma solicitação também a SECULT-PI que realize a catalogação do acervo,com vistas à identificação de bens com valor histórico e cultural estadual;
- E solicitado ao Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural e Natural de Campo Maior que realize catalogação do acervo com vistas à identificação de bens com valor histórico e cultural municipal.
Conforme o documento os órgãos têm o prazo de até 90 (noventa) dias para cumprimento das solicitações.
Sua História
O museu que é mundialmente conhecido e registrado em varias instituições estaduais e federais. Já foi alvo de centenas de reportagens. Inclusive do repórter da Globo Maurício Kubrusky, onde entrevistou o Zé Didor e gravou matéria especial para o programa Fantástico. O repórter também registrou sua visita ao excêntrico museu e seu dono, em seu livro Me Leva Brasil.
Ocupando o prédio que um dia funcionou a estação ferroviária da cidade, o lugar não têm estrutura nem condições para abrigar as histórias e relíquias lá encotradas.
O seu abandono têm relação por ser um museu particular, que teve por guardião, José Cardoso da Silva Neto ou mais conhecido Zé Didor que era fundador e presidente, ele faleceu em dezembro de 2022 sob suspeita de infarto fulminante.
Alem de documentos setecentistas de variadas abordagens, o museu conta com peças variadas. Uma singularidade do museu são as peças que pertenceram à grandes personalidades do Piauí e do Brasil, como as insígnias que pertenceram ao presidente Floriano Peixoto. Bustos são uma atração à parte: na imagem, à direita, o busto do ex-presidente, filho de campomaiorense, Humberto de Alencar Castelo Branco.
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